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  • Vânia Pereira

Neurociência e café


Tudo que percebemos e sentimos está relacionado ao nosso cérebro, por isso a experiência com o café é influenciada pela percepção, antes mesmo de o saborearmos.

Nossa percepção é multissensorial. Todos os sentidos atuam sugestionando sensações, através da visão, do olfato, do paladar, e até da audição e do tato.

Estudos em Neurociências mostram que as formas geométricas presentes nas xícaras, por exemplo, ou usadas nas embalagens de café e letras dos rótulos, podem influenciar nosso cérebro, nos levando a identificar o café como mais adocicado ou com mais acidez.

Do mesmo modo, as cores são interpretadas pelo cérebro, como relacionadas a sabores específicos.

Em pesquisa realizada pela neurocientista Fabiana Carvalho, com consumidores não profissionais (e que consumiam café sem açúcar) foram utilizadas xícaras de diferentes cores, sendo oferecidos dois tipos de cafés especiais: um café Brasil, caracterizado por muita doçura, pouca acidez, caramelo e frutas secas; e outro café Quênia, com doçura média e acidez intensa. A partir da cor da xícara, era avaliada a expectativa de sabor do cliente numa escala de doçura ou acidez. Os resultados do estudo mostraram que o cérebro sugestiona a pessoa a identificar o sabor como mais adocicado (nas xícaras rosas e amarelas) ou mais ácido (nas xícaras verdes).

Isso não significa que se tomarmos um café ruim numa xícara rosa, vamos senti-lo como bom. Ao contrário, o café ruim numa xícara que sugere doçura, pode ser experienciado como pior ainda. Não tem como enganarmos o cérebro!

Nossa percepção pode ser influenciada também pela textura das xícaras, despertando sensações táteis diferenciadas.

Um mesmo café servido em xícara lisa, é sentido como mais adocicado. Quando servido em xícara áspera, o consumidor tem uma sensação de gosto áspero ou adstringente, o que no café especial é visto como defeito.

Geralmente, a experiência de tomar café está relacionada à sensação de conforto, a memórias afetivas e ao contato social, por isso é identificado pelo cérebro como algo tão prazeroso.

E então, depois de saber de tudo isso, vamos tomar um café?








Referência: www.portalcoffea.com


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